
A maior mina de prata do mundo está localizada na América Latina, mais especificamente em Potosí, na Bolívia. A jazida de Potosí, activa há mais de 500 anos, foi responsável por tornar a cidade uma das maiores do mundo no início do século XVII.
O local é fonte de uma enorme quantidade de prata há muitos anos e faz parte da história económica da América Latina e do mundo. A descoberta das reservas de prata A cidade de Potosí, situada no actual território da Bolívia, tornou-se um dos centros mais significativos da economia global durante os séculos XVI e XVII, graças à descoberta de vastas reservas de prata na montanha Cerro Rico em 1545.
Devido à sua abundância mineral, atraiu uma população diversificada composta por indígenas, colonos espanhóis e escravos africanos, elevando a população local a cerca de 160 mil habitantes no início do século XVII. Esse número superava o de muitas cidades europeias da época, como Londres e Milão.
A exploração intensiva da prata em Potosí foi facilitada pela implementação do sistema de trabalho forçado conhecido como “mita”. Esse regime obrigava milhares de indígenas a trabalharem nas minas sob condições extremamente adversas, resultando em altas taxas de mortalidade e impactos profundos nas estruturas sociais e demográficas locais.
A exploração intensiva da prata em Potosí resultou em extremo sofrimento para os trabalhadores indígenas submetidos ao sistema de trabalho forçado conhecido como “mita”, que causava altas taxas de mortalidade. A riqueza gerada era enviada à Espanha por meio da Casa de Moeda local, fundada em 1572, e teve grande impacto na economia global da época.
Nos dias actuais Actualmente, a mina de Cerro Rico em Potosí, Bolívia, mantém a sua relevância económica, embora a extracção de prata tenha diminuído. A região continua a ser explorada por meio de um sistema cooperativista que envolve 37 cooperativas activas, focadas principalmente na extracção de estanho e outros minerais.
Além disso, Potosí emergiu como um destino turístico significativo, atraindo visitantes interessados na história das minas e na experiência de descer aos túneis históricos, o que contribui para a economia local. No entanto, a cidade enfrenta desafios contemporâneos, como a escassez de água agravada pela seca, que afecta tanto a população quanto as operações mineradoras.
Fonte: STD