
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e o Grupo Empreiteiro do Bloco 1/14 operado pela Azule Energy (35%) em associação com a Equinor (30%), a Sonangol E&P (25%) e a Acrep S.A. (10%), anunciaram, sexta-feira, a descoberta de gás no poço de exploração Gajajeira-01, no offshore da Bacia do Baixo Congo.
A descoberta, anunciada na sexta-feira, 12 de Julho, pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) de Angola, foi feita no Bloco 1/14, localizado na Bacia do Baixo Congo, segundo a Reuters.
De acordo com a ANPG, o poço encontrou rochas contendo gás e condensado. As estimativas preliminares sugerem que o campo pode conter mais de um trilhão de pés cúbicos de gás natural e até 100 milhões de barris de condensado associado.
A Azule Energy, uma parceria entre a BP e a Eni, é a operadora do bloco com uma participação de 35%. Outros membros do consórcio incluem a Equinor, com 30%; a empresa estatal angolana Sonangol E&P, com 25%; e a empresa privada angolana Acrep S.A., que detém os 10% restantes.

Num comunicado conjunto, o CEO da Azule Energy, Adriano Mongini, afirmou:
“Este é um momento histórico para a exploração de gás em Angola. O poço Gajajeira-01 é a primeira perfuração dedicada exclusivamente ao gás no país, e o seu sucesso reforça a nossa confiança no potencial da Bacia do Baixo Congo.”
A perfuração bem-sucedida do poço Gajajeira-01 representa um marco significativo nos esforços de exploração de Angola e, segundo a Azule, fortalece a confiança no potencial mais amplo da região para o gás.
Com Angola recentemente identificada pela Africa Finance Corporation (AFC) como um centro emergente na transição energética africana, esta descoberta dá ainda mais impulso à crescente importância estratégica do país no sector.
Esta descoberta baseia-se num esforço de mais de uma década que começou com o lançamento da fábrica Angola LNG, em Soyo, em 2013, com o objectivo de reduzir a queima de gás e monetizar o gás associado proveniente dos campos de petróleo offshore.
Desenvolvimentos recentes, como a ligação de gás lean de Sanha e o projecto Quiluma-Maboqueiro, são marcos importantes no Plano Director de Gás de Angola, que visa atingir uma participação de 25% do gás natural no mix energético nacional até 2025.