
Angola apresentou, recentemente, uma proposta para a compra de acções da multinacional diamantífera De Beers, com vista a expandir para o exterior o seu leque e portfólio de oferta de diamantes no mercado internacional.a
A informação foi passada esta sexta-feira, 05 de Dezembro, pelo Ministro Diamantino Pedro Azevedo durante um evento informal denominado “Matabicho com jornalistas e Opinion Makers”.

Na ocasião, o governante fez saber que da parte angolana, a Endiama foi a responsável pela oferta totalmente financiada com vista à adquisição de uma participação minoritária, mas estratégica na De Beers.
“Esta iniciativa inseriu-se no processo de alienação global promovido pela Anglo American plc, cuja conclusão está prevista para o final do corrente ano”, explicou, acrescentando que a proposta submetida à De Beers não visa o controlo maioritário da diamantífera.
“Pelo contrário, defende-se a constituição de um consórcio pan-africano, liderado pela indústria, que garanta a independência e a competitividade internacional da referida empresa.

“Angola acredita que o futuro da De Beers depende da sua continuidade como uma empresa global liderada pelo sector privado. A nossa proposta visa estabelecer uma parceria significativa entre Angola, Botsuana, Namíbia e África do Sul, garantindo que nenhuma parte detenha domínio exclusivo, embora o Botsuana, com acções na ordem dos 15 por centos parte em vantagem sobre os demais países, que a empresa possa evoluir como uma entidade comercial verdadeiramente internacional”, afirmou o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo.
Seguindo a velha máxima, segundo a qual, “o segredo é a arma do negócio”, o governante preferiu não avançar as empresas que estão a concorrer com a Endiama nesta empreitada, garantindo apenas que em função da dimensão do negócio, Angola avançou com uma quota significativa para estar apta a concorrer em pé de igualdade com os demais países.
