MOÇAMBIQUE: AUTORIDADES DE SOFALA ALERTAM PARA DEVASTAÇÃO DE TERRAS AGRÍCOLAS NA GORONGOSA DEVIDO À “CORRIDA AO OURO”

MOÇAMBIQUE: AUTORIDADES DE SOFALA ALERTAM PARA DEVASTAÇÃO DE TERRAS AGRÍCOLAS NA GORONGOSA DEVIDO À “CORRIDA AO OURO”

As autoridades locais do distrito de Gorongosa alertaram para a devastação de terras agrícolas provocada por mineiros artesanais que invadiram várias machambas em busca de ouro, perturbando de forma significativa a produção agrícola naquela região da província de Sofala.

A situação tem-se tornado frequente nas comunidades de Tsiquiri, Mucoza e Casa Banana, onde diversos campos agrícolas foram transformados em minas a céu aberto. Estas invasões estão a comprometer a segurança alimentar local e a estabilidade das famílias que dependem da agricultura.

O administrador do distrito de Gorongosa, Pedro Mussengue, classificou a situação como “inaceitável”, lamentando a extensão dos danos causados pelas actividades mineiras não autorizadas. O responsável sublinhou que o impacto já é visível no quotidiano das comunidades afectadas.

Pedro Mussengue assegurou que “serão tomadas medidas adequadas” para travar a expansão destas práticas, reforçando que a administração distrital está a acompanhar de perto a evolução dos acontecimentos. O objectivo é restaurar a ordem e proteger as áreas agrícolas invadidas.

Segundo o administrador distrital, a maioria dos mineiros artesanais que invadem as terras agrícolas provém das províncias de Manica, Cabo Delgado e Nampula, sendo que esta movimentação tem criado tensão e insegurança entre os agricultores locais.

O administrador revelou ainda que alguns estrangeiros estão também envolvidos nas actividades de mineração artesanal em Gorongosa, o que agrava a complexidade do problema. As autoridades estão a identificar estes grupos para responsabilização.

Face ao cenário actual, a administração distrital reforçou o apelo ao respeito pelas áreas de cultivo e reafirmou o compromisso de actuar com firmeza. A prioridade, segundo Pedro Mussengue, é salvaguardar a produção agrícola e garantir a estabilidade das comunidades de Gorongosa.

Diário Económico