
O ouro está a negociar próximo de máximos de duas semanas esta quarta-feira (26), impulsionado pelo aumento das probabilidades de a Reserva Federal (Fed) norte-americana voltar a cortar nas taxas de juro já na reunião de Dezembro, depois de uma série de dados nos Estados Unidos da América (EUA) terem apontado para uma desaceleração do consumo e estabilização dos preços no produtor.
O metal precioso avança 0,58% para 4154,50 dólares por onça, tendo chegado a tocar nos 4156,89 dólares – o valor mais elevado desde 14 de Novembro. “As expectativas estão agora a ser moldadas mais no sentido de uma redução das taxas em Dezembro, o que foi reforçado por uma série de comentários moderados por parte de membros da Fed e dados económicos favoráveis”, explica Tim Waterer, analista-chefe de Mercados da KCM Trade, à Reuters.
As vendas a retalho nos EUA acabaram por crescer abaixo do esperado em Setembro, acelerando apenas 0,2% contra as expectativas de 0,4%, enquanto o índice de preços no produtor aumentou 2,7% em termos homólogos – a mesma variação que foi registada em Agosto. Estes dois dados reforçaram a esperança de uma nova flexibilização monetária (as probabilidades fixam-se agora perto dos 85%) e os investidores vão estar, esta quarta-feira, atentos à evolução do índice predilecto pela Fed para avaliar a inflação.
Desde o arranque do ano, o ouro já valorizou cerca de 58%, tendo atingido uma série de novos máximos históricos, com o último a ser registado no final de Outubro nos 4381,58 dólares por onça. O metal precioso tem vindo a ser impulsionado por uma flexibilização monetária nos EUA, uma vez que não rende juros, bem como uma corrida ao ouro por parte de vários bancos centrais – com grande destaque para a China.
Diário Económico