
Angola continua a trabalhar no fortalecimento do segmento das rochas ornamentais, sendo que nesse momento, tem estado a promover o aumento do número de pedreiras em produção, superando 40 unidades activas, impulsionando a economia e a valorização dos recursos minerais do País.
A informação foi passada pelo Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, durante a XI reunião do Conselho Consultivo do pelouro que dirige, que decorreu em Ondjiva, província do Cunene.
Na ocasião, o governante referiu que Angola deu um passo fundamental na implementação do Pólo de Desenvolvimento de Rochas Ornamentais do Namibe, que oferecerá infra-estruturas e condições favoráveis ao crescimento da indústria, com o lançamento da primeira pedra, em Janeiro do próximo ano, marcando deste modo, o início da sua construção.
Da mesma forma, o sector continua determinado em apoiar os produtores a aumentar a capacidade nacional de extracção e transformação dos metais ferrosos.
“Neste sentido, a implementação do Projecto Mineiro-Siderúrgico de Kassinga, na Huíla, continua em curso, enquanto o processo de reestruturação do projecto Kassala-Kitungo permitiu a retomada das suas actividades, incluindo novos estudos de pesquisa e avaliação”, apontou, destacando de igual modo, a inauguração da primeira unidade fabril de ferro gusa, da Companhia Siderúrgica do Cuchi, na província do Cuando Cubango, florescendo um novo pólo industrial na região.
Ao a avaliar os progressos do mandato 2023-2027 e projectar as prioridades futuras, Diamantino Azevedo fez saber que o Projecto Kitota, no Cuanza Norte, prossegue a sua actividade, com ajustes técnicos contínuos para garantir maior eficiência operacional na produção de manganês.
“Simultaneamente, avançam os trabalhos para expandir a cadeia de valor do minério, incluindo a montagem da estrutura destinada à produção de sílica manganês, ferrosilício e ferromanganês, fortalecendo a indústria mineira e siderúrgica nacional”, sublinhou.
Relativamente ao cobre e outros metais não ferrosos, o ministro do MIREMPET destacou o Projecto Mavoio-Tetelo, no Uíge, inaugurado recentemente, que representa um passo importante para a diversificação da produção mineira nacional, ao relançar a exploração de um metal de elevado valor industrial e estratégico para a transição energética.

Exploração de nióbio, terras raras e lítio será uma realidade
Por outro lado, Diamantino Azevedo, deu a conhecer que o Projecto Niobonga, dedicado à exploração de nióbio, já se encontra na fase de testes. “Neste momento, enfrenta apenas desafios relacionados com o reassentamento da populaça o afectada pela sua implementação, prevendo-se que o mesmo entre em produção brevemente”.
O Projecto Longonjo, que visa a produção de terras raras, acrescentou o ministro, encontra-se em fase de desenvolvimento mineiro, enquanto o Projecto Angolítio, para a produção de lítio, está na fase de prospecção e pesquisa mineral.
“As empresas AngloAmérica, Ivanhoe Mines e Rio Tinto continuam as suas actividades de prospecção de metais básicos, nas províncias de Moxico, Cunene e Cuando”, sustentou.

Agrominerais, calcário e fertilizantes terão “vez e voz”
O ministro Diamantino Azevedo assegurou que para assegurar o aproveitamento dos agrominerais, visando a produção de fertilizantes e correctores de solos, prosseguem os trabalhos no projecto de exploração de fosfato de Cácata e de construção da fábrica para a produção de fertilizantes granulados de rocha fosfatada, promovidos pela Minbos, em Cabinda, além da implementação de projectos de prospecção de calcário na Huíla, Cuanza Sul e Benguela.
Do mesmo modo, encontra-se em implementação o projecto Amufert para a produção de fertilizantes à base de ureia e amônia, localizado na província do Zaire, promovido pelo Grupo Opaia e Sonangol, aos quais juntou-se agora o Fundo Soberano de Angola, cuja capacidade de produção projectada é de 1,3 milhões de toneladas por ano de uréia granulada para o consumo nacional e para exportação, com início de produção prevista para 2027.
Sob o lema “Recursos Minerais, Petróleo e Gás: Do Potencial ao Desenvolvimento Estratégico”, o fórum de carácter estratégico, visa reafirmar o compromisso institucional com o crescimento sustentável e a valorização integrada dos recursos do País.