
A Mina de Cobre de Tetelo, na localidade de Maquela do Zombo, província do Uíge, com capacidade de produção de quatro mil toneladas por dia, foi inaugurada hoje, quarta-feira, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
Na ocasião, durante o discurso de inauguração, o ministro Diamantino Azevedo referiu que o acto não se trata apenas de uma inauguração. “É um acto de visão estratégica”.
“É Angola a afirmar a sua soberania económica. É Angola a entrar com autoridade na era dos minerais críticos do século XXI. É a prova de que não estamos apenas a recordar o passado, estamos a construir, com coragem, um futuro radiante para o nosso povo”.
De acordo com o ministrio, foi inaugurada a primeira mina subterrânea de Angola, um feito histórico e técnico extraordinário que exigiu perseverança exemplar.
“Desde os primeiros trabalhos em 2008, ao estudo de viabilidade em 2018, até à superação de desafios geológicos, logísticos, institucionais e financeiros, este projeto é prova viva da capacidade angolana de vencer com esiliência e inteligência”, garantiu, sublinhando que o sector mineiro angolano escreve hoje uma página de orgulho nacional, visto que este empreendimento não é apenas de extração mineral.
Por outro lado, Diamantino Azevedo sublinhou que o cobre é hoje um dos metais mais estratégicos do planeta.
“É indispensável para veículos eléctricos, redes energéticas inteligentes, baterias, energia solar, mobilidade elétrica, centros de dados e indústria digital”, apontou.
Por este facto, acrescentou, quem controla a cadeia do cobre, controla a chave da economia verde do século XXI. E por isso, Angola assume hoje que não quer ser apenas um exportador de matéria-prima. E afirmo com clareza e responsabilidade: quando as reservas e a escala operacional o justificarem, Angola avaliará a instalação, em território nacional, de capacidade de transformação e refinação do cobre”, sustentou.
Assim sendo, declarou o ministro Diamantino Azevedo, que a província do Uíge entra para a história como terra do cobre, com Maquela do Zombo como epicentro de um novo ciclo de desenvolvimento industrial, económico e social para o país.
Importa referir que o projecto foi implementado pela empresa Shining Star Icarus (SU), Limitada e representa um investimento de 305 milhões de dólares, tendo criado mais de 1.500 empregos, a maioria dos quais jovens angolanos da região.
No pico da operação, estima-se que o número de empregos directos possa atingir entre 2.500 e 3.000 postos de trabalho.