
A existir, à vista desarmada, um sector sinónimo de grande superação, este é sem sombra de dúvida a indústria mineira nos seus mais variados domínios.
Dos diamantes ao ouro, do cobre ao nióbio, das rochas ornamentais aos elementos de terras raras, apenas para citar estas vertentes, são visíveis os sinais de completo revigoramento de um universo que há oito anos parecia opaco, algo letárgico.
O sopro insuflador imprimido pela nova governação veio devolver vida e dinâmica que se têm reflectido em resultados não só palpáveis, mas também bastante animadores, marcado por vários acenos provenientes de diferentes latitudes de manifesto interesse de entrada para o mercado do mundo mineiro angolano.
A resiliência tem sido, por isso, uma prova mais do que provada de que até mesmo o impossível é possível, desde que exista vontade, ousadia, perseverança e a crença no potencial desta estratégica indústria que se tem revelado como uma pujante contribuinte para o Produto Interno Bruto angolano e, por conseguinte, da economia no seu todo, quase rivalizando com o sector petrolífero.
O momento adverso enfrentado pelo subsector dos diamantes, consubstanciado na redução da procura e da baixa de preços no mercado internacional, além do surgimento em grande escala dos diamantes sintéticos ou de laboratórios, como lhe quisermos chamar, é um período desafiante, mas que serve plenamente de um momento para o juntar de sinergias para identificar soluções para enfrentar um período que se acredita ser passageiro.
A resiliência obriga o desenhar de toda a sorte de estratégia para evitar surpresas desagradáveis. Significa acompanhar, milimetricamente, a dinâmica do tempo, como forma de evitar perder uma locomotiva repleta de enormes desafios entre as carruagens rumo à saída dos contratempos que se vão amontoados ao longo da linha férrea.
Daí que a afirmação internacional, como é a participação regular na Feira Internacional Minning Indaba, torna-se cada vez mais um passo incontornável para atracção de investimentos externos, necessários para crescimento saudável da indústria mineira intramuros.
E os ganhos estão à mão de semear: para lá das já conhecidas multinacionais que se têm multiplicado em diferentes frentes da prospecção, exploração e produção mineral – algumas das quais decidiram por decisão unilateral voltar a apostar no mercado angolano – há uma vasta carteira de outros interesses demonstrados de outras gigantes do sector, que se sentem “seduzidos” por uma mão cheia de oferta de minérios.
À presença nas mais destacadas montras internacionais, congregadoras da nata da indústria mineira, coincide com a promoção de iniciativas internas tendentes a trazer para a realidade local os principais players deste sector. Percebe-se, por via disso, a pertinência, por exemplo, do recente Fórum Internacional de Investimento que a cidade do Huambo, no Planalto Central angolano, acolheu e onde foram debatidos e analisados importantes dossiês sobre tudo o que Angola tem a oferecer ao mundo investidor.
Do programa de reformas, que vão da legislação para a melhoria do ambiente de negócios ao gigantesco portfólio do seu potencial mineiro, Angola afirma-se no contexto dos principais destinos da aposta de investimento de gigantes que se espalham por entre o mundo fora.
São realizações que nos últimos anos estenderam-se a vários sectores e que agradam, sobremaneira, as autoridades e o país no seu todo, que vibra esperançoso com estas conquistas, que vem dar lugar ao surgimento de importantes infraestruturas, como Centro de Formação de Lapidação e Avaliação da SODIAM, o Centro de Formação Técnico-Profissional da ENDIAMA, que se traduzem em infraestruturas fundamentais para a capacitação técnica e profissional dos nossos quadros e igualmente para o fomento de empregos para um futuro imediato.
E há, em meio a tudo isso, um nome que se pode dar: simplesmente RE-SI-LIÊ-NCIA. E é preciso mantê-la, em nome do da excelência.