Representantes de governos de países produtores de diamantes, intervenientes da indústria e líderes de toda a cadeia de valor do diamante natural assinaram esta quarta-feira, 18 de Junho, o Acordo de Luanda, um pacto histórico destinado a garantir um futuro brilhante para a indústria do diamante natural por meio de um investimento renovado e sustentado em marketing genérico global.
“A assinatura formal do Acordo de Luanda, um marco histórico que representa um passo conjunto decisivo na defesa e promoção dos diamantes naturais, reflecte não apenas os nossos interesses comuns, mas também as responsabilidades que partilhamos. Através deste acordo, os governos, produtores e outros intervenientes da indústria comprometem-se a contribuir com o equivalente a 1% das receitas anuais das vendas de diamantes brutos, para financiar uma iniciativa global de marketing sob a liderança do Natural Diamond Council. Trata-se também de um investimento estratégico para o futuro da nossa indústria”, disse o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, no encerramento da Mesa-redonda Ministerial, em Luanda.
O Acordo, de acordo com uma nota enviada ao Angola Minas, reconhece a contribuição significativa que os diamantes naturais continuam a fazer para comunidades e nações, assim como os desafios que a indústria enfrenta — desde a evolução das dinâmicas globais da indústria até à crescente produção de sintéticos. Delineia uma determinação partilhada para garantir que a próxima geração de consumidores esteja bem informada sobre a raridade, autenticidade e impacto positivo dos diamantes naturais nas comunidades e países produtores.
No centro do Acordo de Luanda está o reconhecimento da necessidade de financiamento sustentável para o marketing de categoria de diamantes naturais. Os signatários reconhecem que apoiar a procura dos consumidores através da educação e da narração de histórias é essencial para o futuro da indústria. Os signatários confirmaram a sua intenção de contribuir para um esforço de marketing global liderado pelo Conselho de Diamantes Naturais (NDC), baseando-se nos fundamentos de campanhas anteriores e expandindo o seu alcance e impacto em regiões de consumidores chave.
O Acordo de Luanda apela ainda a todos os participantes na cadeia de valor do diamante — desde os mineiros e comerciantes até aos retalhistas — para que apoiem a iniciativa, reconhecendo que apenas através de uma visão partilhada a indústria poderá garantir um futuro sustentável e próspero.
“Este é um passo decisivo em frente”, disse a Ministra dos Minerais e Energia da República do Botswana, Bogolo Joy Kenewendo.
“Ao unirmo-nos, estamos a enviar uma mensagem convincente: que o futuro dos diamantes naturais reside na ambição, na transparência e no compromisso de contar a nossa história ao mundo – e que todos nós estamos comprometidos em investir e contar essa história”.
Com um foco no lançamento de uma campanha de marketing de categoria aprimorada antes da época de vendas de pico de 2025, o “Acordo de Luanda” representa um ponto de viragem para a indústria — e uma promessa renovada para as comunidades e países cujos futuros estão entrelaçados com o brilho duradouro dos diamantes naturais.