A mina de diamantes Diavik da Rio Tinto, localizada nos Territórios do Noroeste do Canadá, foi reconhecida com um prémio ambiental pela sua inovadora central solar fora da rede eléctrica.
Esta instalação, composta por 6.620 painéis solares bifaciais, é a maior do género nas regiões setentrionais do Canadá. Espera-se que gere 4,2 milhões de quilowatt-hora de energia solar anualmente, reduzindo o consumo de diesel em cerca de um milhão de litros por ano e diminuindo as emissões de gases de efeito estufa em 2.900 toneladas de CO₂ equivalente — o que equivale a retirar 630 carros das estradas todos os anos.
A central solar fornecerá até 25% da electricidade necessária durante o processo de encerramento da mina, previsto para ocorrer entre 2026 e 2029. Os painéis bifaciais captam energia tanto da luz solar directa quanto da refletida pela neve que cobre a região durante grande parte do ano. Este projecto complementa a central eólica existente na mina, em operação desde 2012, que já gerou mais de 195 milhões de quilowatt-hora de eletricidade.
A construção da central solar começou em Fevereiro de 2024 e foi realizada pela empresa Solvest Inc., sediada em Whitehorse, em parceria com a Tłıch Investment Corporation, de propriedade indígena. Aproximadamente 30% da força de trabalho envolvida na construção veio da Tłıch Investment Corporation.
O projecto recebeu um financiamento de 3,3 milhões de dólares canadenses do programa Large Emitters GHG Reducing Investment Grant do governo dos Territórios do Noroeste, sendo o primeiro a beneficiar deste fundo destinado a reduzir as emissões de gases de efeito estufa na região.
Este reconhecimento destaca o compromisso da Rio Tinto com a sustentabilidade e a liderança em projetos de energia renovável no norte do Canadá.